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26.3.07

Independencia da Grecia






Dia 25 de Março

Festa nas Colônias Gregas

Dia da Independência da Grécia.

Em São Paulo

Festa com a presença do cônsul

EFSTATHIOS PAÍZÍS PARADELLÍS

E ESPOSA JOSEFINE.

também

senhor

STAYROS KYRIOPOULOS

Presidente da

Coletividade Helênica

De São Paulo

foi

OFERECIDA UMA LINDA FESTA PARA A COLONIA.

NA IGREJA ORTODOXA GREGA

Na Rua Bresser

Veja as fotos ilustrando a festa












Em 1814, nacionalistas gregos fundam o Filikí Etaireía (Sociedade dos Amigos), com o objetivo de preparar um movimento de independência organizado. A revolta teve início em 25 de março de 1821, com conflitos em ilhas egéias e no Peloponeso. Em janeiro de 1822, essa última região é conquistada pelos rebeldes, que declararam a independência da Grécia. Império Grego

Quanto a Guerra da Independência da Grécia mobiliza toda a Europa cristã. Vários estrangeiros se alistam no exército. Após uma reação turca, os governos de França, Rússia e Grã-Bretanha decidem intervir para assegurar a sobrevivência de um Estado grego independente. É assinado o Tratado de Londres, no qual esses países exigiam um recuo das tropas do

Sultão.Os otomanos não aceitam os termos e são atacados. As três potências enviam tropas e destroem a frota turca na batalha de Navarino, Egito. Em 1828, os russos invadem Adrianópolis e chegam perigosamente perto de Istambul (antiga Constantinopla). No mesmo ano, Ioánnis Kapodistrias se torna o primeiro presidente da Grécia. Os turcos aceitam oficialmente a paz em 1829. Em 1831, Kapodistrias é assassinado, mas as grandes potências confirmam a independência grega em 1932.


Abro aqui um espaço para fazer uma correção solicitada por membros

da colônia grega,o que venho agradecer por está atitude.

Permitindo assim melhor conhecimento dos fatos reais.

Obrigado senhor Pedro Yannoulis


Prezada Doroty,

Vão aqui algumas observações a respeito do texto que vc escreveu, sem querer, de forma alguma, desmerecê-lo! Muito pelo contrário, sendo vc brasileira, somente está a merecer elogios!
1 - é verdade que no séc. XIX surgiram na Europa movimentos NACIONALISTAS, como foi exemplo a Revolução de 1848, no Império Austro-Húngaro. Nós, gregos, porém, sempre nos referimos aos próceres de nossa independência como PATRIOTAS.
2 - a Revolução começou no Peloponeso, realmente, com a imediata adesão da Grécia Continental (que em grego nós chamamos de "Stereá Elláda" ou seja, "Grécia Firme"). As ilhas do Mar Egeu participaram circunstacialmente, como também participaram Creta, o Dodecaneso, a Macedônia, etc. CONTUDO, os pilares da Revolução foram o Peloponeso e a Stereá.
3 - Nós nunca dizemos a "revolta", mas sim a "Revolução", com R maiúsculo.
4 - Em janeiro de 1822 nada foi declarado. A Revolução começou em 25 de Março de 1821 e prosseguiu, com muitas idas e vindas, até 1829. E nunca houve Império Grego nenhum. Quando a Independência foi declarada, o Estado helênico se chamou Reino da Grécia. A Revolução, isso sim, foi dirigida CONTRA O IMPÉRIO OTOMANO.
5 - A Batalha de NAVARINO, um dos pontos culminantes da Revolução, NÃO FOI TRAVADA NO EGITO, mas, isso sim, CONTRA A FROTA TURCO-EGÍPCIA. Navarino fica nas costas ocidentais do Peloponeso, na região da Messênia.
6 - Eu diria que os russos chegam PERTO DE CONSTANTINOPLA, ATUAL ISTAMBUL e não perto de ISTAMBUL, ANTIGA CONSTANTINOPLA. É que naquele tempo o nome da cidade, para todos os efeitos, inclusive para os turcos, era mesmo CONSTANTINOPLA, que somente foi mudado para ISTAMBUL EM 1923.
7 - E, evidentemente, após o término da luta em 1829, a Independência é reconhecida, pelo Império Otomano, em 1832, não em 1932.
Somente teci comentários sobre a parte histórica.
Não quis me aprofundar no restante, são opiniões subjetivas suas.
Estou à sua disposição para quaisquer esclarecimentos.
Abraços e votos de BOA PÁSCOA,
Pedro Yannoulis





Contarei agora um pouco da Educação Grega

EDUCAÇÃO E CLÁSSICOS

- Paidéia, formação do homem grego

Mostra O pensamento grego a preocupação com a educação, de modo que o conhecimento visaria a uma Paidéia. Essa revolução começa com a virada dos sofistas, trazendo a reflexão filosófica para os problemas sociais. Até então o pensamento, com os físicos (de Tales a Heráclito e Empédocles), fixou-se no estudo do cosmos, sem uma preocupação com o homem. os sofistas criaram a educação filosófica ao dirigir a filosofia para os problemas humanos.

Com Sócrates o conhecimento passa a exigir também a moral, para que o sujeito possa aprimorar a sua alma, rumo ao aprimoramento de si e dos demais, o que fica mais claro em Platão, cuja República é, além de um tratado político, um estudo sobre educação. Na República perfeita, a educação visa a formar os cidadãos conforme a sua alma, a sua natureza, para exercer as funções a esta concernentes: o filósofo para governar, os guerreiros para a defesa e o povo para trabalhar, num viés bem autoritário. Sua idéia da educação separada das crianças, a cargo do Estado, que separaria as crianças das famílias, influenciou o ocidente até muito recentemente,Platão se baseia na polis de Esparta, cuja educação servia a uma sociedade guerreira. Os romanos convocam os professores gregos (os filósofos) para educarem os filhos das famílias abastadas. Com isso se dá a migração dos estóicos para Roma, o que transforma o estoicismo na filosofia oficial do Império Romano.
A educação em Roma, como na Grécia, visa à formação do cidadão, o morador da "Civitas", cuja primeira obrigação é com a cidade, de modo que seu aperfeiçoamento como indivíduo necessariamente implica o contato com os outros, o que faz da educação uma empresa ética. É uma idéia tomada a Aristóteles, para quem a virtude é o hábito dos atos virtuosos, logo a consecução permanente de tais atitudes, o que influi . Com a emergência do Cristianismo, a educação passa às mãos da Igreja, que, utiliza a filosofia antiga

Como suporte da doutrina cristã.
Imbuído dessa ideologia está Comênius, na "Didática Magna", obra que apresenta, ainda assim, conceitos inovadores em pedagogia. Assim como na antiguidade, a educação do Renascimento visa a formar o cidadão da democracia, a formar nele, as virtudes necessárias exigidas pela nova ordem posta pela burguesia e pelo capitalismo. O indivíduo deve ser formado para a vida social e para a democracia. O legado clássico reaparece modernamente em várias pedagogias, como nas de extração marxista, que defendem a educação pública e a separação das crianças de suas famílias, encarregando-se o Estado de sua educação. Mas Platão também antecipa a importância do lúdico na educação da criança, quando, em “A República”, afirma que as crianças devem aprender através de jogos e brincadeiras.

Pedagogia

O termo é de origem grega e deriva da palavra “paidagogos”, nome dado aos escravos que conduziam as crianças à escola. Com o tempo, esse termo será utilizado para designar as reflexões feitas em torno da educação. Assim, a Grécia clássica pode ser considerada o berço da pedagogia, onde também iniciou-se as primeiras reflexões acerca da ação pedagógica. Essas reflexões influenciarão por séculos a educação e a cultura ocidental.

Os sofistas

Devido ao espírito de competição política, a democracia ateniense exigia preparação intelectual, o que influenciou o desenvolvimento da educação. Vindos de toda a parte do mundo grego, os sofistas (mestres de sabedoria), dedicam-se a fazer conferências e a dar aulas nas cidades-estado.
Atenas é a cidade onde mais afluem , no século V a. C., adquirem um enorme prestígio.
Aproveitam ocasiões com aglomerações de cidadãos para exibirem os seus dotes retóricos e de sabedoria.se ensino é itinerante e remunerado.
Os sofistas atribuíam à linguagem uma importância fundamental, um dos ensinos principais era a Retórica. As palavras são usadas como instrumentos de sugestão e persuasão para convencerem os seus interlocutores.
Platão chamava o sofista de “caçador remunerado de jovens ricos”.
O movimento intelectual dos sofistas foi menosprezado durante séculos com base nas críticas de Platão e Aristóteles.

Devido ao espírito de competição política, a democracia ateniense exigia preparação intelectual, o que influenciou o desenvolvimento da educação.
Vindos de toda a parte do mundo grego, os sofistas (mestres de sabedoria), dedicam-se a fazer conferências e a dar aulas nas cidades-estado.
Atenas é a cidade onde mais afluem e, no século V a. C., adquirem um enorme prestígio.
Aproveitam ocasiões com aglomerações de cidadãos para exibirem os seus dotes retóricos e de sabedoria Esse ensino é itinerante e remunerado.
Os sofistas atribuíam à linguagem uma importância fundamental, um dos ensinos principais era a Retórica. As palavras são usadas como instrumentos de sugestão e persuasão para convencerem os seus interlocutores.
Platão chamava o sofista de “caçador remunerado de jovens ricos”.
O movimento intelectual dos sofistas foi menosprezado durante séculos com base nas críticas de Platão e Aristóteles

Atenas, principal foco cultural da Grécia, berço dos principais representantes da literatura, das artes e das ciências. A filosofia grega propiciou-nos grandes sábios. O estudo das questões sobre a origem do universo, as suas leis, a natureza e o destino dos homens, as regras de conduta, etc. A filosofia era a ciência universal. Tales, Pitágoras, Platão discípulo de Sócrates que era, colocava a moral em primeiro lugar no pensamento filosófico. Chamavam-no o "Acadêmico" por ensinar nos jardins de um amigo, Academus

Paidéia e crianças

O termo paidéia, segundo o próprio Jaeger é bastante tardio, sendo em Ésquilo (Sete contra Tebas) que aparece pela primeira vez com uso substantivado. Sua origem e desenvolvimento, no entanto, não está diretamente relacionada ao "paidagogos", nem ao "paidotribes", como poderíamos pensar. Na realidade, ele surge do substantivo neutro "paidion", que significa "criança", e de "paidiá", que é expressamente "jogos de crianças". Assim, é curioso notar que o sentido de "formação" está desde o início vinculado à noção de "infância" e de "brincadeira". O "paidagogos" é primeiramente o nome dado ao professor espartano: "epagogé" (denominação da "paidéia" espartana) e "paidion", mas que à época de Platão já um termo apropriado e equivalente ao "paidotribes": "tribé", que é um substantivo relativo ao verbo "tréfo" e significa tanto "educação" como "provisão de alimentos", e "paidíon", donde vem também a noção da "paidéia" como um alimento para a criança. O "paidotribes", entretanto, era chamado o professor de ginástica, especificamente, e daí sua relação com o "paidagogos" espartano

Paidéia e brincadeiras

A relação entre a "paidéia" e as "bricadeiras", para além da semântica, foi muito bem percebida por Platão, que se utiliza do verbo "keléo" (seduzir, encantar) para explicar o tipo de atração que a poesia (mousiké) exerce sobre os ouvintes, e que pode ser notada, segundo o filósofo, sobretudo quando contemplada na épica de Homero.

Temos que entender também que a educação antiga não era um sistema bem definido. Na época arcaica, o programa educativo tinha como elementos fundamentais a ginástica para o corpo, e a música (leitura e canto) para a alma. Depois introduziram a gramática. Até então o objetivo fundamental era a formação do homem individual. A partir do século V, além de formar o homem, a educação pretendia formar o cidadão.O ideal educativo surge como Paideia, que tem como objetivo construir o homem como homem e como cidadão.
Platão definiu a Paideia como a verdadeira educação, aquela que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão perfeito.

Pedagogia

Pedagogia (paidagogia) evoca sempre a idéia de condução, daí o escravo - o paidagogo - que conduzia pelas mãos a criança à escola. Existe um vaso grego, de um escravo/pedagogo transportando a bagagem do amo e a lanterna para iluminar o caminho

Música e gramática

A paidéia grega não era um sistema bem definido, não tinha um currículo pronto e acabado, ainda que Homero fosse, sem dúvida, o pai de todo exercício pedagógico. No entanto, a relação entre a música e a gramática merece uma atenção especial, em primeiro lugar porque não houve na Grécia, pelo menos até a época imperial, uma noção precisa do que é a gramática. "Grammatikós" era aquele que ensinava a música, e não uns professores das letras, como passam a entender. Isso porque o aprendizado da língua se dava através das poesias, mesmo considerando um contexto clássico onde a prosa já está bem presente na língua grega. Mas certamente uma passagem posterior a 376) que é pela poesia que aprendemos a reconhecer "o som das letras", e até que tenhamos apreendido bem essa relação, "não passamos de analfabetos (agrammatikoi)". Assim, o estudo da gramática só pode ser compreendido como algo pertencente a um campo específico num período.

Paidéia e cidadania

A divisão da paidéa Quanto a relação como uma preparação do cidadão, na realidade não podemos imputar essa idéia ao período arcaico, pois aquela exigência só aparece com a democracia. No período arcaico, se tomarmos por base a interpretação estruturalista vernantiana, o modelo de participação política era determinado pelo modelo militar: numa campanha os generais e soldados deliberam sobre as estratégias e as ações, diferente do que acontecia no universo "civil", onde o domínio era do pai ou do mais velho homem de uma casa, em relação à família, de um génos, em relação ao povoado, e de um dêmos, em relação ao agrupamento. É no final do arcaico que as relações de poder começaram a ser discutidas, primeiramente no âmbito dos génos e, em seguida, para o dêmos segundo a deliberação dos "arkhai-genoi", os chefes dos génos. Ainda assim, o poder unificador e legislador pertenciam ao "basileus". É a ascensão do regime determinado pelos "arkhai-genoi" que será conhecido como oligarquia e, com um modelo mais amplo, atingirá o regime democrático pelo qual a civilização grega, de um modo geral, tornou-se tão influente e conhecida. A formação do indivíduo como objetivo da paidéia é algo um tanto tardio, provavelmente advento do séc V, onde surge também a idéia de cidadão (polites), e é quando a paidéia passa a ser claramente divida em mousiké e gimnastiké. De modo nenhum, portanto, podemos pensar o período arcaico como elaborando essa divisão, pois a gimnastiké constituia o básico necessário ao indivíduo inserido em uma sociedade não-democrática, pré-clássica. Não significa, é claro, que não se aprendia a poesia, mas estando ela ligada primordialmente às qualidades da eloqüência e da educação refinada, ela (bem como aquelas qualidades) só foi considerada uma espécie de virtude quando o jogo democrático, enfim, o debate aberto, passou a ter valor decisivo para a detenção e manutenção do poder político.

Paideia-Arete- Kaloskagathia

Inicialmente, a palavra paideia (p a i d e i a), (de paidos - p a i d o s - criança) significava simplesmente "criação dos meninos". Mas, como veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu. O conceito que originalmente exprime o ideal educativo grego é o de arete (arete). Originalmente formulado e explicitado nos poemas homéricos, a arete é entendida como um atributo próprio da nobreza, um conjunto de qualidades físicas, espirituais e morais tais como a bravura, a coragem, a força, a destreza, a eloquência, a capacidade de persuasão, numa palavra, a heroicidade.

Kaloskagathia

O alargamento do ideal educativo de arete surgiu nos fins da época arcaica, exprimindo-se então pela palavra kaloskagathia. Mais que honra e glória pretendem-se então alcançar a excelência física e moral. Os atributos que o homem deve procurar realizar são a beleza (kalos - kalos) e a bondade (kagatos - kagatos).

Virtude excelência Em Homero, os indivíduos das classes dominantes são guerreiros na juventude e políticos na velhice.
Platão teoriza sobre isso e projeta uma educação dos guerreiros, para escolher entre aqueles que serão os governantes-filósofos na velhice.
A arete seria a virtude guerreira de Homero. É essa mesma arete, essa excelência, que faz do homem um bravo, um herói. A conduta do herói em Homero simboliza este ideal a ser imitado. Mas lembremos do ideal aristocrata (não no sentido moderno) do "bem nascido", acho que essa virtude em Homero só precisava ser manifestada porque era inerente.

Mênon pergunta a Sócrates o que é a excelência ou virtude, quem tiver o Mênon e quiser conferir... Eu não tenho aqui no momento. A paidéia, como cultivo da perfeição humana, é o meio para se alcançar a arete.
A arete é um atributo da excelência humana que orienta a ação cotidiana para o bem. Alcançar a arete deveria ser o propósito da nossa vida e da educação no sentido ético, quando compreendermos a educação como aperfeiçoamento da natureza humana para tornar os homens melhores.

*A propósito , podemos lembrar também que, posteriormente, Hesíodo em "trabalhos e dias" , vai defender a virtude como resultado de esforço individual (a timé e a arete eram atributos divinos do herói, por meio do trabalho - não só o diário, mas o trabalho interior.

Pesquisa feita em várias paginas da Net

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3 Comentários:

  • Dora,
    Meu conhecimento pra comentar é limitado, mas já havia lido algo sobre os Sofistas; Mestres ambulantes que vendiam seus conhecimentos. Mas gostei de visita-la e me inteirar sobre esta celebração da independência grega, assim como sua iniciativa em mostrar a história.

    beijos

    Por Blogger Menina do Rio, às 2:15 AM  

  • Que festa bonita, Dora ! E teu artigo
    é muito didático para conhecermos e
    história da Independência da Grécia.
    Prabéns pelo belo trabalho.

    beijos

    Por Blogger Ana Wagner, às 9:37 AM  

  • Dora, minha querida amiga!
    Adorei saber um pouco a história da Grécia.
    Achei enteressante na época arcaíca o programa educativo que eles usavam para preparar o corpo e a alma.
    Eu entendo que a preocupação dos grandes mestres da filosofia era mais com a índole do ser humano, na formação espiritual deles, por isso a educação era voltada mais para a filosofia, poesia reflexão e canto. São fatores que enriquece a nossa almas e a nossa maneira de ver o mundo!
    Bjsss!

    Por Blogger Norma Bri, às 11:33 PM  

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