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30.1.08

História dos Ciganos




A história dos ciganos, a origem, a dispersão e a situação atual.

Os Ciganos tem uma etnia de cultura própria ric e Nômade, seminômade, e sedentária. Por variadas razões encontram-se dispersos por todo o mundo a concentração maior fica na Europa, sendo que dois terços fica na Europa Oriental, e outra parte, no norte e no sul da África, no Egito, na Argélia e no Sudão. Nas Américas, estão distribuídos dos Estados Unidos à Argentina, ficando uma maior concentração no território Brasileiro.

Hoje temos no Brasil, a exemplos de vários paises do mundo o Instituto de Defesa dos Direitos Cigano para se promover o bem comum, como uma melhor comunicação e conhecimentos, podendo reivindicar benefícios em geral.

O Povo Cigano não tem até os dias de hoje a linguagem escrita por este motivo, fica difícil ou eu diria quase impossível definir sua verdadeira origem. Portanto, tudo o que for dito a respeito da sua origem está baseado em hipóteses similaridades ou suposições.

Acredita-se que o Povo Cigano teve seu berço na civilização da Índia antigo época num tempo suposto muito antigo, talvez dois ou três milênios antes de Cristo. Acredita-se pelo idioma falado um dos mais antigos idiomas do mundo o sânscrito, que era escrito e falado na Índia, encontraram um sem-número de palavras com o mesmo significado. E assim, os Ciganos são chamados de "povos das estrelas" e dizem que apareceram há mais de 3.000 anos, ao Norte da Índia, na região de Gujaratna localizada na margem direita do Rio Send e de onde foram expulsos por invasores árabes. Alguns outros pontos colaboram para que esta hipótese seja reforçada,muitas coisas comum aos hindus e ciganos, o gosto por roupas bonitas e coloridas, a religião crenças na reencarnação e na existência de um Deus Absoluto e Pai. Os hindus também como os ciganos a religião forte e conduzem o comportamento impõe normas que devem ser respeitados e obedecidos.

Divagando pelas Terras do Oriente os ciganos invadiram o Ocidente e espalharam-se por todo o mundo. Nunca em tempo algum precisaram fazer guerras derramando sangue de irmão. Suposições garantem que este povo pode ser da casta (dos parias)ou quem sabe de uma casta aristocrática e militar, os orgulhosos (rajputs).os ciganos dedicavam-se exclusivamente a atividades de ferreiros, domadores, criadores e vendedores de cavalo, saltimbancos, comerciantes de miudeza e o melhor de suas qualidades que era a arte adivinhatória. Viajavam sempre em grandes carroças coloridas e davam -se nomes poéticos . No primeiro milênio d.C., deixaram o país e se dividiram o Pechen que atingiu a Europa através da Grécia; e o Beni que chegou até a Síria, o Egito e a Palestina. Existem vários clãs ciganos: o Kalê (da Península Ibérica); o Hoharano (da Turquia); o Matchuaiya (da Iugoslávia); o Moldovan (da Rússia) e o Kalderash (da Romênia).

O primeiro documento da chegada dos ciganos na Espanha é de 1447 chamavam-se de "ruma calk" (que significa homem dos tempos) e falavam o Caló um dialeto indiano próprio da região do Maharata. Eles trouxeram a música, a dança, as palmas, as batidas dos pés e o ritmo quente do flamenco, palavra vinda do árabe "felco" camponês e "mengu" fugitivo e passou a ser sinônimo de "cigano andaluz" a partir do séc. XVIII.

Dizem que hoje são mais de 15 milhões de ciganos em diferentes pontos da Europa, Ásia, África, América, Austrália e Nova Zelândia,diziam-se peregrinos cristãos vindos do Egito Procuravam permissão para fazer seus acampamento Somente no país de Gales eles tiveram espaço para manter parte das suas tradições e a língua.Em muitos lugares eles foram perseguidos escravizados pagavam impostos altíssimos. Na atual Romênia foram escravizados durante trezentos anos. Na Alemanha, crianças ciganas eram tiradas dos pais com a desculpa de que seriam levadas para estudar, enquanto a Polônia, a Dinamarca e a Áustria puniam com severidade quem os acolhesse. Nos países baixos inúmeros ciganos foram condenados à forca e seus filhos obrigados a assistir à execução dos pais para que assim aprendessem como lição de moral.Em fim o povo cigano foi perseguido, julgado e expulso ao longo do seu pacífico caminho pelo mundo.

O povo Cigano tem o céu como teto e se sentem guardião da liberdade,tem um espírito totalmente nômade

Casam-se entre si não é permitido a mulher,o casamento fora do mundo Cigano.

O Casamento acontece, durante três dias e três noites, os noivos ficam separados dando atenção aos convidados, somente na terceira noite é que podem ficar pela primeira vez a sós.


A Bandeira como está foi instituída como símbolo internacional de todos os ciganos do mundo no ano de 1971, pela International Gypsy Committee Organized, no First World Romani Congress( primeiro congresso mundial cigano), realizado em Londres.

Seu significado:

A roda vermelha no centro simboliza a vida, representa o caminho a percorrer e o já percorrido, a tradição como continuísmo eterno, se sobrepõe ao azul e ao verde com seus aros representando a força do fogo, da transformação e movimento.

O azul:

Representa os valores espirituais, a paz, a ligação do consciente com os mundos superiores, significando a libertação e a liberdade. O verde representa a mãe natureza, a terra, o mundo orgânico subterrâneo a força e a luz do crescimento vinculado com as matas com os caminhos desbravados e abertos pelos ciganos. O sentimento de gratidão e respeito pela terra, preservação pela natureza. A relação de respeito por tudo que ela nos oferece proporcionando a sobrevivência do homem, e a obrigação de ser respeitada pelo homem, que dela retira seus suprimentos,

pesquizas na Net

2 Comentários:

  • Canto Cigano

    Cecília Meirelles

    Seus cabelos,
    balançavam com o vento.
    Ela dançava,
    dançava de dia,
    dançava de tarde,
    dançava à noite.
    À noite,
    enquanto os archotes brilhavam,
    e punham nela muitos fulgores,
    ela sorria e sorria...

    Para quem sorria?
    Para ninguém.
    Bastava, para ela,
    sorrir para si mesma.
    Sorria...
    Sufocando o pranto,
    que lhe inundava a alma.
    Porque, se ela chorasse,
    todos choravam também.
    E ela tinha que sorrir,
    cantar,
    dançar.
    Bailando,
    como baila o vento,
    cantando,
    como cantam as aves,
    só, tão só...
    E, no entanto, dona absoluta,
    de todos os olhares,
    de todas as mentes,
    que estavam ali.
    Cada um achando,
    que era para eles que ela sorria,
    quando, na verdade,
    ela não sorria para ninguém,
    ela sorria para si mesma.

    O tempo passou...
    E, no vento tão forte,
    que muda a vida,
    mudando as pessoas de lugar,
    daqui para acolá.
    Um dia,
    ela deixou de dançar,
    mas não deixou de cantar.
    Mesmo na solidão dos pinheiros gelados,
    fazia, com os rouxinóis,
    um dueto encantado.

    O rouxinol cantava de tristeza,
    ela cantava de saudade,
    de dor...
    Por onde andará?
    Como estará a terra dos meus amores?
    Aonde estarão aqueles,
    que pisam, firme, o chão?
    Aonde estará o meu povo?
    Será que estão como eu...
    Na solidão?

    Canta, cigana,
    canta...
    Deixa que o vento da vida te carregue,
    que a brisa te abrace
    e que as folhas te teçam arpejos,
    nos ninhos dos pássaros.
    A solidão nos faz
    aprender a viver,
    dentro de nós,
    num castelo encantado.

    Onde se é possível,
    chorar sozinha
    e rir, feliz,
    para todos os passantes,
    caminhantes,
    andantes de muitas terras,
    de muitos sonhos,
    de muitas estradas.
    Deixa voar,
    o seu sonho de paz,
    porque, um dia,
    você terá.

    Não chore,
    não chore, cigana,
    cante.
    Porque, mesmo sem cantar,
    você encanta.
    E, mesmo chorando,
    você sorri.
    Deixa o tempo passar,
    deixa as folhas voar,
    voar...
    Porque, um dia,
    paz você terá.


    __________________

    Miguel Torga

    Tudo o que voa é ave.
    Desta janela aberta
    A pena que se eleva é mais suave
    E a folha que plana é mais liberta.

    Nos seus braços azuis o céu aquece
    Todo o alado movimento.
    É no chão que arrefece
    O que não pode andar no firmamento.

    Outro levante, pois, ciganos!
    Outra tenda sem pátria mais além!
    Desumanos
    São os sonhos, também...

    ______________________



    Depois lhe trago a poesia da rainha Mirian Stanesco, primeira advogada cigana.

    Beijos, Dora

    Por Blogger SAM, às 4:00 PM  

  • Olá,
    muito bom este teu artigo com esclarecimentos sobre a nação cigana.
    Eu gostaria de saber se há algum lugar onde se pode aprender romani.
    abraços

    Por Anonymous Anônimo, às 11:35 AM  

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