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27.8.09

TCHELLO D’BARROS


Tchello d'Barros (Brunópolis/SC, 1967) é escritor, artista visual e viajante. Residiu em 12 cidades, sendo 15 anos em Blumenau/SC, onde iniciou a carreira artística. Percorreu 20 países em constantes pesquisas na área cultural e desde 2004 está radicado em Maceió/AL, onde produz obras em desenho, pintura, infogravura, fotografia, instalação e poesia visual. Publica textos regularmente em jornais, revistas, sites e eventualmente ministra palestras, oficinas literárias e cursos de desenho.

Na Literatura, publicou 5 livros de poesia e vários Cordéis. Também publicou textos em mais de 30 coletâneas e antologias. Foi sócio-fundador e presidente da Sociedade Escritores de Blumenau, tendo criado e realizado diversos projetos literários. Foi ainda idealizador e um dos coordenadores do Fórum Brasileiro de Literatura.

Nas Artes Visuais, participou de cerca de 40 exposições, entre individuais e coletivas. Como designer, desenvolveu criações gráficas para agências de publicidade, desenhos para a indústria têxtil, e produziu ilustrações para jornais, revistas e livros.

Foi gestor de Literatura do APL Cultura em Jaraguá, é membro fundador e um dos coordenadores do Fórum de Artes Visuais de Alagoas, e integra o Colegiado Setorial de Artes Visuais - Minc/Funarte.


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ARTES VISUAIS - Exposições Individuais Selecionadas:

Transfigurações - Gravuras – Inst. Zumbi dos Palmares - Maceió/AL – 2009
Semblanteria Pop - Gravuras – Shopping Iguatemi - Maceió/AL – 2009
Convergências - Poemas visuais – CEN em Blumenau/SC – 2008
Galeria de Artes do Senac – Maceió/AL - 2007
MISA – Maceió/AL – 2007
NAC – João Pessoa/AL – 2006
Labiríntimos - Infogravuras – EBEC Galeria de Arte – Salvador/BA - 2006
depois na Casa da Arte – Maceió/AL - 2007
Graphos & Chromos - Infogravuras – Mandala Cultural – Maceió/AL – 2009
Galeria do Sesc – Maceió/AL - 2006
Diálogos Foto-Poéticos - Plotagens – C. C. S. Fco. – J. Pessoa/PB – 2006
Galeria Capibaribe CAC/UFPE - Recife/PE – 2005
Espaço Cultural da CBTU - Maceió/AL - 2004
Pinacoteca UFAL – Maceió/AL – 2004

Conversas Com Versos - Instalação - Teatro Deodoro - Maceió/AL - 2004
Equação Nívea - Fotografia - Oficina Cultural Sebrae - Maceió/AL - 2004
Relevos Revelados - Infogravuras - MISA - Maceió/AL - 2004
E O Verso se Fez Carne - Fotografias – IAB - Ponta Verde - Maceió/AL – 2004
Apelos Pela Pele - Desenhos – Castelo do Turismo – Blumenau/SC - 2003
América do Sul - Fotografias - Shopping Neumarkt - Blumenau/SC - 2002
Ânima - Infogravuras - Galeria SEMED - Blumenau/SC – 2000
Moradas do Fogo - Pinturas – Shopping Neumarkt – Blumenau/SC – 2000
depois no Senai – Blumenau/SC - 2000
Anatomia de Vênus - Desenhos – Gal. do Papel/FCB – Blumenau/SC - 1999
Pelo Amor de Deus - Pinturas - Fundação Cultural de Blumenau/SC – 1996
depois na Fundação Cultural de Gaspar/SC – 1996
Cosmovisão - Pinturas – Câmara de Vereadores de Blumenau/SC - 1995
Sincronicidade - Infogravuras - Museu/Biergartem - Blumenau/SC - 1996
Países Imaginários - Pinturas - Viena Park Hotel - Blumenau/SC – 1994
depois na Caixa Ec. Federal – Blumenau/SC - 1995
Corporificação - Pinturas - Hall da Reitoria da FURB - Blumenau/SC - 1993


ARTES VISUAIS - Exposições Coletivas Selecionadas:

Mostra Nac. de Poesia Visual – Poemas Visuais – Casa M. Quintana – P. Alegre/RS - 2009
A vida não tem ensaio - Infogravuras – Inst. Goethe – Salvador/BA - 2009
Nossa História - Infogravuras – Pinacoteca UFAL – Maceió/AL - 2009
ArteCiência - Infogravuras – Espaço Ciência – Olinda/PE - 2008
Arte na Casa - Infogravuras – Arte na Casa/Jaraguá – Maceió/AL - 2008
Desenho no Plural - Fotografias – Galeria Dmae – Porto Alegre/RS - 2008
VI Arte Jovem Brasileira - Infogravuras – F. P. C. Magno – Niterói/RJ - 2007
II Fotogarça - Fotografias – Galeria de Artes do Senac – Maceió/AL - 2007
As Cordas Que Nos Cercam - Infogravuras – MISA - Maceió/AL – 2007
Semana de Artes Esamc - Infogravuras – Fac. Esamc - Maceió/AL - 2007
Semana de Artes Esamc - Poemas visuais – Fac. Esamc - Maceió/AL - 2006
SPA 2006 - Ideogramas/Plotagens – Cia. Great Western – Recife/PE - 2006
Projeto Corredor das Artes - Poemas visuais – CCEM – Maceió/AL – 2006
Universidarte - Fotografias – Univ. Estácio de Sá – Rio de Janeiro/RJ - 2006
Afetos Roubados no Tempo - Livro-objeto – CAC/UFPE – Recife/PE – 2006
depois no Museu Théo Brandão – Maceió/AL - 2006
depois na Fac. Santa Marcelina – São Paulo/SP - 2006
depois na Caixa Cultural – Salvador/BA – 2007
depois no 14º Fenart – João Pessoa/PB - 2008
III Bienal da Gravura - Infogravuras - 11º Fenart - João Pessoa/PB - 2005 Projeto Corredor das Artes - Infogravuras – CCEM – Maceió/AL – 2005
Quatro Quadrantes - Pinturas – Castelo do Turismo – Blumenau/SC - 2003
A Mulher sob o Olhar do Artista - Pinturas - Dicave - Blumenau/SC – 2000
Mostra coletiva de Artes - Pinturas – Galeria Semed – Blumenau/SC - 1998
Caldeirão Cultural - Infogravuras - Espaço Weinstub/FCB - Blumenau/SC – 1997
O Verde de Nossa Terra – Pintura – Furb – Blumenau/SC – 1996
Coletiva da Bluap - Pinturas – Hotel Blu Tower – Blumenau/SC - 1995
Coletiva da Bluap - Pinturas – Clube Ipiranga – Blumenau/SC - 1995
Coletiva da Bluap - Pinturas – Hotel Blu Tower – Blumenau/SC – 1994
Arte Contemporânea na Empresas – Pinturas - Grupo Lince – Gaspar/SC - 1994
Arte na Fábrica – Pinturas – Empresas Hering – Blumenau/SC e Região - 1994
Arte à 3 X 4 - Painel/Desenho - Blumenau, Rio do Sul e Tubarão/SC - 1994
4 Arteiros Contemporâneos - Pinturas - CTB - Bal. Camboriú/SC - 1994
Poesia Visual - Poemas Visuais - Gal. do Papel/FCB - Blumenau/SC – 1994
Poesia Visual - Poemas Visuais - Biblioteca da Furb – Blumenau/SC - 1994
I Salão de Arte A Cor da Corda - Instalação - FCB - Blumenau/SC - 1994
X Salão de Arte de Itajaí - Pinturas – Casa Dide Brandão -Itajaí/SC – 1994
Coletiva de Artes da Bluap - Pinturas – Clube Ipiranga – Blumenau/SC - 1993


LITERATURA – Livros publicados:

Cordéis - Poesia de Cordel - Ed. de autor – Maceió/AL - 2006
À Flor da Pele - Poesia - Ed. Cultura em Movimento – Blumenau/SC - 2003
Olho Zen - Poesia - Ed. Multi-prisma – Blumenau/SC - 2000
Letramorfose - Poesia - Ed. Cultura em Movimento – Blumenau/SC - 1999
Palavrório - Poesia - Ed. de Autor – Blumenau/SC - 1996
Olho Nu - Poesia - Ed. Letras Contemporâneas – Florianópolis/SC - 1996


LITERATURA - Publicações em antologias e coletâneas:

Antologia do III Encontro do Portal CEN de Portugal - Blumenau/SC - 2008
Hai-Kais em Setembro (Ed. Nova Letra - Blumenau/SC) 2007
Blumenau em Cadernos - Edição de 50 anos - FCB - Blumenau/SC - 2007
Gente Que É - Ed. SEB – Blumenau/SC - 2007
Jóias Literárias - Ed. Estúdio Criação + SEB - Blumenau/SC - 2007
A Poesia das Alagoas - Edições Bagaço - Recife/PE - 2007
O Conto das Alagoas - Edições Bagaço - Recife/PE - 2007
BlumenauAçu na Ponta dos Dedos - FCB - Blumenau/SC - 2007
Contos de Natal - SEB – Blumenau/SC - 2006
Um Rio de Letras - Vol. III - SEB - Blumenau/SC - 2006
Um Rio de Letras – Vol. II - SEB - Blumenau/SC - 2005
Pão e Poesia – Vol. II - Ed. Cultura em Movimento - Blumenau/SC - 2004
Um Rio de Letras – Vol. I - SEB - Blumenau/SC - 2002
Pão e Poesia - Vol. I - Ed. Cultura em Movimento - Blumenau/SC - 2002
Leituras de Mundo - Vol. II - Ed. Cultura em Movimento - Blumenau/SC - 2002
Metafísica Cotidiana - Ed. Letradágua + Fund. Cultural de Timbó/SC - 2001
Espelhos da Língua - SEB + Ed. Cult. em Movimento – Blumenau/SC - 2000
Inspiração Erótica - Ed. Literarte - Jundiaí/SP – 2000
A Sensualidade da Língua – Ed. Literarte – Jundiaí/SP - 1999
Conto Poesia - Vol. III - Ed. Sinergia - Florianópolis/SC - 1999
Horizontes - Ed. PD/Poesia Diária - São Paulo/SP - 1999
BlumenauAçu - Ed. Cultura em Movimento - Blumenau/SC - 1998
Laboratório de Poesia - FCB – Blumenau/SC - 1996
Viva Poesia - FCB - Blumenau/SC - 1996
Sul Azul - Câmara de Vereadores de Blumenau/SC - 1995
A Poesia e o Operário - Sesi – Blumenau/SC – 1994
Blumenália Poética – Vol. II - Lauro Lara Editora – Blumenau/SC - 1994
Cidade de Criciúma - Ed. Calpi - Criciúma/SC - 1994




Tchello d’Barros (0..82) 8857-1967 tchello@tchello.art.br www.tchello.art.br







Fortuna Crítica – Alguns excertos

Christian Koenig
Clemente Padin
Luiz Eduardo Caminha
Rodolfo de Athayde
Matilde Matos
Cleomar Rocha
Nadja Mª Fonseca Peregrino
Ângela Mª Fernandes de Magalhães
Bruno Monteiro
Mario Sette
Ana Glafira
Benedito Ramos
Luis Alberto Machado
Francisco Oiticica-Filho
Cláudio Bergamini
Marcial Lima
Jairo Martins
Tuca Maria José Ribeiro
Al- Chaer
Marcelo Steil
Nassau de Souza
Vilson do Nascimento



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Um dos maiores poetas catarinenses em atividade, um grande poeta brasileiro, um artista incansável e versátil, um homem com uma rica história de trabalhos e conquistas, um conhecedor do mundo, este é Tchello d'Barros.

Dois pontos que o Círculo Desterro defende firmemente são o estudo da linguagem e a sonoridade, quesitos que Tchello apresenta-nos com maestria. Seus haicais e poemínimos brasileiríssimos são prova viva de seu talento e, além disso, um deleite ao erotismo poético.

Christian Koenig - Florianópolis/SC – março 2009
Escritor, editor, pesquisador de literatura e coordenador do Círculo Desterro
In: Blog Círculo Desterro

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“Toda criação genuína é experimental em relação à sua linguagem. A leitura é a verdadeira vedete dessa série singular. Por um lado nos oferece a possibilidade de decidir por nós mesmos o valor vivencial que esses poemas têm para nós em relação a nossos repertórios de conhecimentos e experiências pessoais. E, por outro, ao questionar a poesia tradicional, nos obriga a criar, ou estabelecer novos modos de interpretação, o que nos situa como co-criadores pois, ainda que Tchello d'Barros nos ofereça novas formas, parcialmente incompreensíveis, também nos brinda, dentro de cada poema, os elementos necessários para sua interpretação. Apenas temos que descobri-los...”

Clemente Padin – Montevidéo / Uruguay – outubro de 2006
Poeta Visual, Editor e Pesquisador de Literatura experimental
Texto de parede da exposição de Poesia Visual no NAC em João Pessoa/PB


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“tchello girando pela mandala tamarineira nas (im) possibilidades do poema deixando sua lógica pros mortais.

tchello que nunca fotografa nem sei se fotografa as letras e poemas que e/ letra/ fica / recita dos poros e gretas seu organismo sul cardeal voa e surta na aura das coisas em passados e desfuturos.

tchello humoriza e demoniza em centenas ou milhares de letras autopoéticas todos os retratos. “

Rodolfo de Athayde – João Pessoa/PB - outubro 2006
Artista visual e produtor cultural
in: Texto de parede p/ a mostra "Noções Unidas" no NAC de João Pessoa/PB


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“Tchello tornou-se, é verdade, um cidadão do mundo, tantas andanças fez à procura de concretude que possa lhe encher seu ser abstrato e abstraído...os poemas visuais de Tchello falam por si só e permitem a interpretação que cada um lhes quiser dar de acordo com o que vê e o que lhe fala o conteúdo do que vê.”

Luiz Eduardo Caminha – Blumenau/SC – novembro/2006
Poeta, Editor e Coordenador do Stammtisch em Blumenau/SC
in: Matéria para a sessão Das Letras do site www.stmt.com.br
referente à exposição de Poesia Visual no NAC em João Pessoa/PB


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“Tchello é dono de texto escorreito e artista gráfico. Maneja formas e cores com a correção da sua prosa, e a poesia dos versos que compõe. O interesse pelo labirinto foi despertado ao traduzir ninguém menos que Jorge Luis Borges, daí passou a ver como eles se apresentavam em diferentes formas e lugares inusitados, dos jogos de criança às naves e adros de velhas catedrais européias.
Transpor nas suas infogravuras os labirintos que a teia da vida estabelece, foi decorrência natural. Nas gravuras eles se configuram variados e coloridos, as formas vão se arrumando nos diversos padrões, a atração das cores conduz o olhar do espectador que se entretêm em compará-las, querendo encontrar a preferida. A proposital apresentação sem qualquer ordem predeterminada favorece essa leitura que privilegia a espontaneidade própria da arte gráfica.”
Matilde Matos – Salvador/BA - outubro de 2006
Curadora e crítica de artes da ABCA e AICA
in: Texto de parede p/ a mostra "Labiríntimos" na EBEC Galeria de Artes em Salvador/BA


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Ten(s/ç)ões

“Da geometria clara à sinuosidade das linhas curvas, tênues, que
serpenteiam em busca de conformações morfológicas menos rígidas, em
vão(s). Do contraste extremo do preto com o branco aos tons de cores
intensas, ainda que de matizes próximas. Assim é a exposição 'Grafos
& Cromos", do artista Tchello d'Barros. A ludicidade da organização de
grafos e cromos – formas e cores – oscila entre a regularidade
geométrica e a vibração cromática, buscando acentuar o contraste, o
detalhe, a tensão que lastreia o olho do observador, buscando ali
referências emergidas do abstrato, consolidadas na concretude
mnenômica dos jogos ópticos, das tramas visuais, do espaço que foge e
se redimensiona. De orientação concretista, o foco estilístico se
perde na multiplicidade, aspecto da pós-modernidade que perpassa o
trabalho, golpeia a referência e a faz vibrar em novos sons, ousados,
contrastantes.”

“Pentágonos, espirais, quadrados, os grafos tangenciam a regularidade,
mantêm o gesto contido nas linhas que saracoteiam e, coadunadas com as
cores, produzem efeitos de subjetivação, em tensões e tenções. O
contexto poético do artista lança mão de tensões visuais e se insinua,
em tenções gestaltistas de estremecimento, movimento, represadas em
uma morfologia regular.”


Cleomar Rocha, PhD – Salvador/BA – maio de 2006
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas
Presidente da ANPAP - Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas
in: Texto de parede p/ a mostra "Grafos & Cromos" na Galeria do Sesc em Maceió/AL


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“Tchello d’Barros, também herdeiro da herança construtiva, nos faz pensar
com suas combinações poéticas, no dilema da arte, que oscila entre construção e expressão. Por meio de suas ‘poesias espacializadas’, cria um fluxo gráfico...uma composição que, indo além da superfície, vai se impregnando dos diversos sentidos propostos pelo jogo poético. Trata-se portanto, de experimentos visuais essencialmente lúdicos, que estão bem próximos da poesia concretista e do papel culminante que a experiência poética tem na trajetória do artista. As representações ali presentes são
determinadas pela poesia no campo da arte, gerando resultados intensamente minimalistas.”


Nadja Mª Fonseca Peregrino – Rio de Janeiro/RJ – abril de 2006
Curadora, Pesquisadora e Profª. de Artes
Ângela Mª Fernandes de Magalhães
Curadora, Pesquisadora e Profª. de Artes
in: Texto p/ a mostra “Diálogos Foto-poéticos”



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“Tchello d’Barros é artista plástico e poeta, tendo publicado 5 livros e participado de mais de 30 exposições, entre individuais, coletivas e salões, notadamente em Maceió/AL e Blumenau/SC. Sua atuação é plural, tendo percorrido atividades no teatro, cinema, literatura e artes visuais, estas últimas com maior intensidade, incluindo prêmios literários alcançados.

Vivendo em Maceió desde 2004, o artista já visitou vários países em pesquisas
culturais que ampliam seu repertório poético, visto no esmero de enunciados e
enunciações que seus textos visuais constroem.


Cleomar Rocha, PhD – Salvador/BA – abril de 2006
Crítico de Arte, Curador e Presidente
da ANPAP – Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Visuais
in: Texto p/ a mostra “Diálogos Foto-poéticos”

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“O ensaio que Tchello mostra, aqui, é o produto de sua pesquisa a partir de
sua relação com o design gráfico, como é, de outra maneira, de suas especulações recentes em torno dessa jovem ferramenta matricial – a infografia. As mandalas que constrói são simples para um desenho, que não é fácil. Tchello cruza este “ciclo”, cuja história se confunde com a presença do que chamamos de inteligência no Planeta com a religião – acrescenta a isso as nossas cores – verde e amarelo.

De alguma forma ele experimenta o amuleto, mas elabora isso pela imagem e
fixa-os na impressão e, aí, fala e aponta para um registro de um por vir místico – para fora do humano e do natural.”

Bruno Monteiro – Recife/PE – outubro de 2005
Representante da Câmara Setorial de Artes Visuais – Minc/Funarte
in: Texto p/ a série “Pantáculos Pentágonos ” III Bienal da Gravura – João Pessoa/PB


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“A proposta de Tchello expõe em grande dimensão (ou seja, em alto e bom som), a “orientalização” de um texto lírico ocidental. O discurso verticalizado corresponde a uma proposta totêmica para sua principal possibilidade de sentido.

Horizontalmente predomina o “nonsense”, é uma opção de leitura cujo
sentido raramente se organiza numa idéia totalmente clara, completa, construída intencionalmente e elaborada. O trabalho comporta outras possibilidades de leituras. Elas se complementam plasticamente.”

Mario Sette – Recife/PE – novembro de 2005
Coordenador do IAC - Instituto de Arte Contemporânea/UFPE
in: Texto p/ a mostra “Diálogos Foto-poéticos” no CAC/UFPE


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“O que Tchello d’Barros instaura e propõe com sua precisão/difusão visual e
verbal é o exercício de uma criação inteligente, lúdica e bem-humorada.

A percepção das aliterações e sibilações somada aos jogos e imagens semânticas nos permite reconhecer sentimentos e verificar novas possibilidades de expressá-los.”

Ana Glafira – Maceió/AL – junho de 2004
Artista visual, curadora e titular da Câmara Setorial de Artes Visuais - Minc/Funarte
in: Texto p/ a série “Poemagma e Enigmagem” da exposição “Indivisuais” na
Pinacoteca do Espaço Cultural da UFAL em Maceió/AL


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“A leitura do conjunto leva o espectador a compor o seu erotismo pessoal.
É assim que Tchello d’Barros trabalha com a intimidade do corpo que se revela ao gesto simples do olhar.

Fragmentos apenas da epiderme nua. Uma visão particular, intimista
do real palpável que se disfarça nesta interação entre o artista e a modelo.”

Benedito Ramos – Maceió/AL – agosto de 2004
Crítico de Arte e professor de pintura
in: Texto p/ a mostra “E o Verso se Fez Carne” no COSU do IAB/AL em Maceió/AL


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“E isso através de dois olhares em dois formatos: o da fotografia e o da poesia
visual. Na verdade, uma poesia no olhar em duas manifestações que interagem entre si e resultam num verdadeiro espetáculo de criatividade...E não podia ser diferente: Tchello d’Barros é poeta, artista plástico e visual.”

Luis Alberto Machado – Maceió/AL – setembro de 2004
Escritor, Jornalista e Editor
in: Texto p/ a mostra “Combogós e Mandalas” no MISA Museu da Imagem e do Som de Alagoas em Maceió/AL


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“A poesia de Tchello d’Barros aspira sincronizar os sentidos que asseguram a percepção estética mobilizando o aparato ‘verbivocovisual’ do modo lírico....

E mais, Tchello constrói uma poesia atraente e jocosa, impregnado da fala urbana afetuosa, com a qual nos sentimos afetados.”

Francisco Oiticica-Filho – Maceió/AL – junho de 2004
Crítico de Arte e Dr. em Literatura e Sociedade
in: Texto p/ a mostra “Indivisuais” na Pinacoteca do Espaço Cultural da UFAL em Maceió/AL


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“As fotos de Tchello não pedem o olhar pronto, predeterminado, evidente.
Elas não são o que são: são o que revelam. E, sendo assim, precisam ser olhadas através delas próprias, ou a partir delas. Têm a dimensão do imaginário alagoano."

Marcial Lima – Maceió/AL - outubro de 2004
Ator e presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió/AL
in: Texto para a mostra “Conversa com Fotos com Versos” no COSU do IAB/AL
em Maceió/AL


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“Diferente das Mandalas sofridas do Museu de Imagens do Inconsciente, as
Mandalas cibernéticas de Tchello d’Barros são luminosas e dinâmicas, ascéticas e perfeitas, convidam a uma faxina mental e o retorno da busca da perfeição, ao mesmo tempo em que reportam à busca obsessiva de Cézanne pela montanha e de Monet pelos jardins aquáticos.”

Cláudio Bergamini - Maceió/AL - setembro de 2004
Arquiteto e presidente do IAB/AL
in: Texto p/ a mostra “Relevos Revelados” no MISA Museu da Imagem e do Som em Maceió/AL

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"Tchello d’Barros é desses homens necessários à humanidade, pois se nega a permitir que sua essência se afogue no oceano massificante do capitalismo, fazendo-a sempre flutuante e insinuante e com isso trazendo altos benefícios à sociedade e seus processos culturais."

Jairo Martins – Blumenau/SC – dezembro de 2003
Poeta e escritor – Presidente da Sociedade Escritores de Blumenau
in: Texto da orelha do livro "O Amor à Flor da Pele


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"Tchello d’Barros...é com certeza, um artista inquieto. Pesquisador da palavra, de seus símbolos, sons e cores, brinda-nos agora com um jardim em forma de trovas sobre flores que saltam das páginas deste livro.
...
O resultado é um trabalho surpreendente em sua frutífera carreira de gente que vê e sente."

Profª. Drª. Maria José Ribeiro, a Tuca – Blumenau/SC – novembro de 2003
Professora de Teoria da Literatura na Furb
in: Prefácio p/ o livro "O Amor à Flor da Pele"


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"Sua poesia está para mim dentre o que há de mais denso, de tudo que já li. "A poesia de Tchello é uma passagem...só de ida. Sem volta. Pudera! Voltar pra quê?! E pra onde?!" "

Al-Chaer – Goiás/GO – outubro de 2003
Poeta e escritor
in: Comentário sobre a série "Poemínimos"

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"Assim, observa-se em Tchello d'Barros um autor com esmerada consciência
formal, que além da concisão, atenta para as várias possibilidades de comunicação, o que Ezra Pound chamou de "verbi-voco-visual", ou seja, no campo semântico, sonoro e visual.

Seus inquietantes poemínimos vem somar-se às experiências poéticas de qualidade que publica-se atualmente no Brasil."

Marcelo Steil – Blumenau/SC – agosto de 1999
Poeta/Escritor, Presid. UBE/SC 2003
in: Prefácio para o livro "Letramorfose” de Tchello d’Barros


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"Tchello d'Barros é essencialmente um artista multimídia. Síntese adquirida no vértice cosmopolita dos anos noventa, quando acresceu ao movimento cultural a personalidade multifacetada de pintar, escrever e encenar.

A diversificação que incorpora a obra desse artista, alia a cromática caligráfica
ao entendimento fractal de movimentos e texturas, através de uma visão refinada o impacto atemporal de múltiplas possibilidades.”

Nassau de Souza – Blumenau/SC – julho de 1998
Poeta e Produtor Cultural
in: Texto para a mostra individual "Rio Imaginário” no Espaço de Exposições da SEMED em Blumenau/SC


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“Telas, pincéis, canetas e máquinas datilográficas. Todas peças obsoletas no
laboratório virtual do cibernético Tchello d'Barros.

Chamá-lo de contemporâneo é marcar passo, neo ou pós-contemporâneo é subestimá-lo.”

Vilson do Nascimento – Blumenau/SC – maio de 1996
Crítico de Arte ABCA e AICA
in: Texto p/ a mostra “Texto e Textura” na Fundação Cultural Frei Godofredo em Gaspar/SC

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20.8.09

O Pai do Rock , Raul Seixas, e sua amiga Escritora Maria Nívea Cerqueira

NESTA SEXTA FEIRA DIA 21, FAZ 20 ANOS DA MORTE DO MALUCO BELEZA

E SUA AMIGA NIVIA MARIA EMOCIONADA, FAZ UMA HOMENAGEM AO AMIGO TÃO QUERIDO,
CONTANDO MOMENTO DE PURA ALEGRIA QUE JUNTOS COMPARTILHARAM.




Capitulo I

Meu encontro com Raul Seixas, Meu livro vivo

Acho que como a maioria naquela época minha mãe procurava um diagnóstico, tinha que ter uma resposta plausível para uma menina tão pequena entender tudo que os adultos falavam e escrevia coisas tão profundas.
Depois de tantos psicólogos veio o diagnostico de hiperatividade. Eu não queria saber.
Aos dez anos foi me dado um livro do Augusto dos Anjos e tudo em mim era mais intrigante. Eu precisava de alguém que me entendesse
já havia muitas poesias em meu caderno e não parava de procurar respostas.
Cadê esse Deus? O começo da minha adolescência era só medo! Eu não queria falar com ninguém! Eu queria ficar com meus pensamentos! Freqüentava as melhores escolas de são Paulo, nunca concordei com o regime educacional.
Isso me oprimia? Mas ninguém me explicava e só ouvia que era uma criança diferente. Sem muitos rodeios tudo foi caminhando assim.
Tinha um espírito de liderança que atraia muito amigos
Ate que um dia fiquei num mergulho sem volta um amigo me disse que havia uma musica que tinha sido feita para mim.
Ouvi Raul seixas pela primeira vez o nome da musica era eu sou egoísta quando ouvi na musica. Provo sempre o vinagre e o vinho, eu quero é ter tentação no caminho, pois o homem é o exercício que faz.
Eu escrevi no meu caderno. O homem é o exercício que faz a compreensão disso não era total ainda era uma criança, mas não parei de pensar mais naquilo passei três dias ouvindo a musica e decidi saber.
Quem era esse Raul seixas. Ai me encontrei mais uma vez em metamorfose ambulante. Por que tinha que ter aquela velha opinião formada sobre tudo? Por quê? Eu só queria ser eu mesma.
Mas incomodava meus pais. Decidi procurar por discos de Raul seixas estava conversando com alguém cada vez que conhecia outra musica dele! Ouro de tolo marcou minha vida.
Não! Não posso esperar a morte chegar assim quieta sem dizer nada! Quem disse que queria morrer? Quem inventou essa historia? E na musica havia a resposta.
Conversava com as musicas dele então e chegaram os doentes anos 80 estava me encontrando, já não estava mais só, morava no edifício sobradão na rua bela Cintra quando começou a rolar a noticia de que Raul seixas mudaria para lá. Meu Deus tinha que fazer alguma coisa antes dele chegar.
Nessa época já estava me aprofundando em sociedade alternativa! E achava aquilo magnífico, pois se eu quero e você quer então vá.
Nossa mais o livro da lei foi o que eu sempre pensei nada mais era, viva e deixe viver! Não estava sonhando! A única pessoa que me compreendia seria meu vizinho? Precisava fazer alguma coisa.


Capitulo 2
Só o que me lembrava era que ele havia olhado em minha direção, depois abaixou a cabeça e seguiu. Essa visão me atormentara a noite.
Dia seguinte sempre a mesma coisa. Mas não admitia falta de coragem para nada, lutava com esse antagonismo sempre. O medo e a coragem em quanto Raul falava na minha cabeça durante a aula: coragem, coragem se o que você quer é aquilo que pensa e que faz.
Coragem que eu sei que você pode mais! Exato, podia muito mais. Passei a aula absorta. Chegara a hora de voltar, será? Descia novamente a rua bela Cintra quando deparei com a mesma imagem descendo em rumo à tiete: Raul com sua jaqueta de couro e sua bota, igualzinho ao dia anterior.
Coragem. Vai e grita que você esta certa. Encostei-me ao muro novamente e esperei ele chegar ao seu destino. Bem, vou descer ate La. Com uma coragem de menina em busca da pessoa que mais lhe compreendia.
Pois cantava tudo que sentia, me agarrei àqueles cadernos e desci ate o bar da esquina da rua tiete, me deparando com ele, olhei simplesmente, Raul me olhou e perguntou na maior simplicidade, o que lhe era peculiar você quer autografo? Não? Na verdade nem pensava nisso e me lembrei que ele detestava autógrafo, Num ato abrupto, o primeiro que me veio à cabeça, taquei aqueles cadernos tomados da raiva que sentia deles e joguei os no balcão.
Foi uma resposta simples: _ não só gostaria de conversar com você, e na mesma simplicidade Raul então pediu ao garçom outro copo e agora eu estava lá, frente a frente com Raul Seixas com todas as indagações que me acompanhava.
Olhei-o nos olhos e a primeira pergunta que ele me fez é se conhecia Alceu Valença. Respondi que sim. Desde essa hora já sentia que éramos amigos.
Ele encheu meu copo e me contou à turnê que havia feita com Alceu inteira, puxa ele estava extasiado com a pessoa de Alceu vi que precisava falar.
Fiquei ali ouvindo e isso durou horas. Sei que saímos daquele bar duas horas depois porque ele lembrara que Kika o esperava para almoçar.
Saímos juntos. Raul me olhava como se perguntasse, meu Deus de onde surgiu essa menina? Paramos na direção do meu prédio e ele me deu um adeus meio chateado e perguntou se morava ali. Sempre cabisbaixo.
Disse que sim. Que agora éramos vizinhos. ele parou.me olhou nos olhos, sei que falou com aquele gesto. Mas só depois saberia que o que queria dizer é que nos veríamos novamente.
No começo não tinha certeza que estava nascendo uma amizade, mas senti que tudo foi como se Raul já havia me conhecido faz tempo. Percebi isso em seus gestos no jeito de falar comigo, parecia que ele sabia que pra mim ele não era nada estranho.
Acompanhei sua ida até a Alameda Franca com o olhar até ele sumir e fiquei mais meia hora mais ou menos meio anestesiada, mas com uma sensação muito boa, como se tivesse conversado com um amigo.
Aquilo pra mim estava valendo muito. Não decididamente era um ser humano. Não devia comentar muito, nem correr atrás dele, pedir autografo ou então pedir pra tirarmos fotos.
Esse dia ouvi tudo que tinha dele e senti o quanto realmente aquelas musicas eram parecidas com a pessoa que conheci.

Capitulo 3
Estava claro para mim que meu amigo Miguel mal sabia que a musica eu sou egoísta teria um desfecho nas perguntas que todos fazemos sobre a existência e tanta coisa,
Minha irmã mais nova Gisele acompanhava minhas idiossincrasias sem ao menos entender que o que buscava era simplesmente um porque de estar viva.
Ter que assumir posições que nunca tinha escolhido, e sociedade alternativa falava metaforicamente em tomar banho de chapéu. Então vá realmente o que ela queria dizer era que você podia discutir Carlos Gardel se quisesse ou ate esperar papai Noel não éramos pessoas presas, sem expressão e não havia maldade.
Já éramos muito reprimidos pela sociedade capitalista e Raul melhor do que ninguém sabia falar sobre isso nos dando a visão de que deveríamos lutar.
Era definitivamente o que pensava, mas a falta de ter com quem falar sobre isso me fazia escrever.
Por volta dos quinze anos já possuía cadernos de poesias que atormentavam minha família, isso me fazia me sentir cada vez mais afastada de todos.
Raul mudaria para lá, morava na rua bela Cintra e ele mudaria para Alameda Franca então sempre com as musicas dele falando aos meus instintos de busca decidi deixar para ele a mensagem que havia me libertado peguei um spray e decididamente pichei sociedade alternativa no muro da onde ele morava, sem imaginar o bem que tinha lhe feito o que foi me dito por ele próprio pouco tempo depois.
Lembro que depois desse ato corri pra casa tão satisfeita por ter certeza que lhe fiz bem, Só muito depois iria entender que minha ligação com Raul era mais espiritual do que eu pensava.
Eu fazia em 1982 supletivo no colégio, ele sempre vinha para casa ao meio dia eu e minhas poesias, meus cinco amigos, as musicas do Raul e nada mais.
Sabia que na verdade aquelas musicas eram para ele poder se comunicar, pois já havia lido muito que por ele próprio não seria musico e sim escritor ou ator, ele dizia que fingia que cantava e todo mundo acreditava.
Era um ator definitivamente!Mas foi o caminho que conseguira para veicular o que precisava dizer.
Tinha uma preocupação incrível com o ser humano e eu já me sentia adotada sem saber ao menos que realmente seria.
Bem demorou um pouco e continuava escrevendo até que no meio do ano de 1982 vinha do supletivo e senti alguma coisa muito estranha, não adiantaria tentar explicar aqui com palavras, por que não conseguiria importante citar que cresci no Kardec sismo com meu pai.
Mas naquele tempo tinha duvidas em relação a almas que já se conhecem e retornariam a se encontrar e todas essas coisas. E nesse dia que senti um arrepio vi Raul descendo do outro lado da rua para o bar da tiete, Paralisei ali mesmo, ali estavam minhas respostas, ali estavam às mesmas perguntas.
Ali estava uma busca em comum, mas era dotada de um medo surpreendente e não consegui ao menos balbuciar uma palavra naquele dia a única coisa que queria era ficar acompanhando com o olhar e entender porque aquele ser me envolvia tanto.
Acompanhei Raul com o olhar ate ele chegar ao seu destino, e subi tremendo para casa Gisele me olhara preocupada, mas eu lhe disse que acabara de ver Raul. Sem dizer mais nada quis ouvir guita, Gisele com sua curiosidade de irmã mais nova e já conhecendo minhas peripécias de menina hiperativa não parava de me fazer perguntas.
Mas tudo que eu queria era ouvir guita. Às vezes você me pergunta por que eu sou tão calado, não falo de amor quase nada nem fica sorrindo ao seu lado, Guita significa o canto, ou seja, a canção, e a letra iam me respondendo mais e mais.

Capitulo 4

É estou eu aqui escrevendo perto de fazer 20 anos que Raul pegou seu disco voador. Ele e seu mundo subjetivo preciso citar os quatro amigos que paralelamente faziam parte dessas historia.
Eles estavam tão presentes em minha vida. Minha irmã Gisele, corujinha, Miguel e Rafinha que divide comigo a única imagem que tenho com Raul, mas isso viria depois de muitos encontros me lembro quê a cada conversa com Raul a noite dividia com eles tudo que nós havíamos conversado.
Nostalgia, aqueles olhos brilhando me ouvindo com uma atenção profunda. Minha mãe era vitima do machismo em vigor, tinha que trabalhar muito, vitima de um sistema que anula a arte em prol da escravidão.
Voltando a 1982 chegando mais uma vez no mesmo bar, senti que já estava sendo esperada e foi ai que soube do aconchego que minha pichação no prédio envolveu Raul seixas puxa, era boas vindas mesmo, ele me falou: sabe que só fui bem recebido aqui em são Paulo?
São Paulo foi à cidade que melhor me acolheu, poxa quando cheguei dei de cara com sociedade alternativa pichado no muro do prédio dei um sorrisinho, ele me olhou surpreso, disse que fui eu que tinha que recebê-lo, que de alguma forma já lhe esperava, disse não sabia se ele entendia o que queria dizer, ai se deu um pacto.
Ele me agradeceu muito e senti sua fragilidade que com o tempo tornara-se peculiar. Foi nesse dia que descobri que a musica do trem foi feita para o signo de aquário e como aquariana fiquei lisonjeada aquela musica era linda, parecia aos meus ouvidos uma oração, Raul me disse que tinha feito aquela musica para a nova era, ou seja, novo Aeon e para os escolhidos que para ele eram os do signo de aquário, os que iam pegar esse trem.
Hoje o meu conhecimento sobre tudo isso foi em cima de muito estudo. Ele havia lido a bíblia muitas vezes e me contava que Jesus estava em todas as suas musicas. Hoje enxergo sua plasticidade profunda em sua busca.
Ficávamos conversando sempre até ele lembrar que a sua esposa kika o estava esperando sabia da formação do fã clube do Raul, mas não era mesmo isso que eu queria nunca vim a ser sócia do fã clube, Raul nunca me falara nada a respeito e senti que aquele momento era separado do resto dos acontecimentos de nossas vidas como posso eu hoje explicar?
Eram duas ou três horas nossas. Onde Raul se abria cada vez mais e falava sem parar. Eu ia absolvendo. Nunca me falou sobre Crowley. Falava muito sobre suas ex-mulheres e filhas. As quais lamentavam não poder ver. Nunca citava nomes de ninguém sinceramente éramos um divã um para o outro.

Capitulo 5
Estava bem com meus dias passando assim. Estávamos num estudo da bíblia e suas musicas e ele se lembrava de todas as associações.
Eu prestava muita atenção, pois diziam que Raul não tinha Deus. Não definitivamente isso era uma mentira.
Cada musica dele se referia a uma passagem bíblica como eclesiastes, deuteronômios, me lembra da letra de Judas onde os dois achavam a mesma coisa, que se era Judas que tinha que dar um beijo de traição, isso era uma missão de Judas, e ele não deveria ter sido condenado e sim perdoado por Deus.
Cumprira com uma parte difícil. Disse a ele que não gostava de ouvir que o diabo era o pai do rock, Sabem a resposta dele? Nem eu. Mas ele se arriscava, falava do bem e do mal.
Hoje entendo perfeitamente que o bem e o mal andavam juntos. Precisava agora saber das outras horas da sua vida. Comecei a ir ao apartamento onde ele morava, mas lá não ia sozinha sempre pedia ao Miguel, Corujinha, Goya, e Rafael para ir comigo.
Kika seixas sempre atendia a porta e vivi ficava com seus dois aninhos pulando para que nos entrássemos, mas a casa era um silencio só, ele sempre estava dormindo. Ai fixava os olhos na sala enquanto kika conversava com meus amigos e ficava tentando tirar o Maximo de informações naquela sala, via muitas imagens de Raul pela parede, e parecia tudo normal.
Só que sentia sua essência flutuando por ali. Saquei com o tempo que depois que conversávamos, ele subia, e dormia. É Deus é o que me falta para compreender aquilo que não compreendo.
Era a falta de conversar com Deus diretamente. Levante suas mãos sedentas e recomece a andar. Ali estava deus. Eu também me interrogava por que Deus não falava comigo como a bíblia cita que falava com os discípulos? E o que nos restava então.
Ouvia musicas do Raul que eram verdadeiras orações como ave Maria da rua e a fonte, entre tantas. Os anos 80. Charrete que perdeu o condutor. Na verdade éramos seres numa intensa ansiedade por igualdade.
Volta e meia falava de suas filhas que era proibido de ver. As pessoas associavam Raul ao álcool, sem se perguntar por que ele era gentil.
Ninguém entrava dentro dele. As musicas estouravam e parecia isso que interessava. Mas tinha que ser na pessoa mesmo. Era o que todo mundo sentia em anos tão conturbados.

Capitulo 6
Segundo ele maluco beleza era uma musica feita para malucos sem drogas e todos entendiam ao contrario.

Todo mundo ta feliz aqui na terra. É isso me fez decididamente largar o cursinho de jornalismo e começar a fazer oficinas abertas com José Celso.
Sei que era uma ironia, mas era o melhor predicado dele, ironia. Mas tinha que ser feliz aqui na terra e o teatro me abrira novos horizontes e fui percebendo o lado performático que usava em tudo e pra tudo.
Lembro do show na praia do Gonzaga, ele usava mesmo um personagem, encarnava as musica do ponto em comum é que pra nós dois o difícil era encarnarmos nós mesmos.
A pergunta sempre foi quem seríamos nós para quê e por quê? Ele saíra de Nero cantando maluco beleza pelas ruas, segundo ele maluco beleza era uma musica feita para malucos sem drogas e todos entendiam ao contrario.
É fato que lutou contra isso, mas a fascinação por ciências oculta e maior ainda por discos voadores, tinham o levado a o encontro com Paulo coelho, o qual o introduziu em estudos do ocultismo os quais com amor e com medo, não largaria.
Foi fácil para as outras pessoas criarem um rotulo. Raul Seixas fazia parte de seitas satânicas era adepto de crowley o que sei que fazia parte da busca, do interior ansioso pelos mistérios, afinal ao menos os mistérios podiam talvez responder.
O maior parceiro de Raul, Cláudio Roberto, também sabe bem disso. Hoje quando vejo jovens usar a musica maluco beleza para fazer apologia a drogas sinto a mais profunda indignação, mas, Raul Seixas não esta mais aqui para falar.
Vocês ai eu vou-me embora apostando em vocês. No testamento deixo minha lucidez, de formar o que Raul deixou tão claro é difícil, o fácil é pegar a figura de Raul Seixas como muleta para atitudes próprias.
Voltando à questão da performance, hoje acho uma pena não ter seguido a carreira de ator, o show da praia do Gonzaga foi longo, e cada musica continha um personagem, acho que por isso arrumou tantos seguidores.
Isso o incomodava muito, como o próprio dizia não era guru de ninguém houve uma entrevista com Raul tamanha à proporção que isso estava tomando, e o repórter perguntou e o que você prega? E Raul munido de ironia respondeu pregos e muito mal pregados.
E era Al Capone, ele era o cowboy, ele fora para Anarkilópolis. Assim Raul se divertia, vivia cada personagem de suas musicas consciente de cada recado que queria dar em cada musica isso ele dominava muito bem.
Um personagem Raul de verdade, o ser humano Raul Seixas poucos conheciam ele era um sátiro, mas muito triste e inconformado com sua existência, definitivamente nascera para cutucar com a finalidade de mudar as coisas Que o indignavam tanto.
Por que você faz isso? Por quê? Detestava o patrão no emprego sem ver que o patrão sempre esteve em você e dorme com a esposa com quem já não sente amor, porque você faz isso? Por quê? Dei-me conta de uma identificação muito forte.
A raiva da farsa que as pessoas nem percebem que estão vivendo. Eu nunca agüentaria tanto fingimento e também encontrava em varias musicas Raul lutando por isso. Não faça isso com você.

Créditos:
Imagens selecionadas no Google.
Texto de: Maria Nívea
Produção e editorial: Claudio Deno
denocruz@uol.com.br

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Raul Seixas

Raul dos Santos Seixas nasceu em Salvador BA em 28 de Junho de 1945. Sua grande influência foi o rock-and-roll da década de 1950, que ouviu muito nos discos emprestados pelos vizinhos, funcionários do consulado norte-americano em Salvador. Aos 12 anos fundou o conjunto The Panthers (mais tarde Os Panteras), primeiro grupo de rock de Salvador a usar instrumentos elétricos, passando a tocar em cidades do interior baiano. Começou a estudar direito, mas abandonou o curso para se dedicar a música. Em 1967, Jerry Adriani apresentou-se ao vivo em Salvador, acompanhado pelos Panteras, e se entusiasmou com o grupo, convencendo-os a se mudarem para o Rio de Janeiro RJ, onde gravaram pela Odeon (mais tarde EMI) seu primeiro disco LP, Raulzito e os Panteras. De 1968 a 1972 trabalhou como produtor da CBS. Produziu e lançou, em 1971, o LP Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta sessão das dez, com músicas de sua autoria e em parceria com Sérgio Sampaio, tendo ambos como interpretes ao lado de Míriam Batucada e Edy Star. Apresentou-se no VII FIC (transmitido pela TV Globo) em 1972, com duas músicas, Let Me Sing, Let Me Sing e Eu sou eu, Nicuri e o diabo. Contratado em 1972 pela Philips, gravou o LP Os 24 grandes sucessos da era do rock, no qual aparecia creditado apenas como produtor e arranjador (em 1975, com Raul já famoso, este LP seria relançado com seu nome e novo título, 20 anos de rock). Seu primeiro grande sucesso como interprete foi Ouro de tolo, em 1973, incluída em seu primeiro LP solo Krig-há, Bandolo!, do mesmo ano e que incluiu outros êxitos, como Metamorfose ambulante, Mosca na sopa e Al Capone (com Paulo Coelho). Seu sucesso se consolidou com os três LPs seguintes, Gîtâ (1974), Novo aeon (1975) e Há dez mil anos atras (1976). Mudando-se em 1977 para a Warner (que inaugurava sua filial brasileira), gravou três LPs: O dia em que a terra parou (1977), que inclui Maluco beleza (com Cláudio Roberto), que se tornaria um hino da geração hippie, Mata virgem (1978) e Por quem os sinos dobram (1979). Apesar de crescentes problemas de saúde e varias trocas de gravadoras, manteve o prestigio e o sucesso em quase todos seus LPs seguintes: Abre-te sésamo (CBS, 1980), Raul Seixas (incluindo sucessos como Capim-guiné, com Wilson Ângelo, e Carimbador maluco, este incluído no musical infantil Plunct, Plact, Zumm, da Rede Globo, Eldorado, 1983), Metrô linha 743 (Som Livre, 1984), Uah-bap-lu-bap-lah-bdim-bum! (Copacabana, 1987), A pedra do Gênesis (Copacabana, 1988) e A panela do Diabo (em dupla com Marcelo Nova, um de seus maiores discípulos e líder do Camisa de Vênus; Warner, 1989). Seus outros sucessos incluem Como vovó já dizia (com Paulo Coelho, 1975), Rock das "aranha" (1980) e Cowboy fora-da-lei (1987). Com público dos maiores e mais fiéis, foi o primeiro artista brasileiro a ter um LP organizado e lançado por um fã-clube, a coletânea de gravações raras Let Me Sing my Rock-and-roll (1985, mais tarde encampada pela Polygram com titulo Caroço de manga), e mesmo após sua morte continua exercendo influência, com músicas regravadas por artistas tão diversos quanto Caetano Veloso (Ouro de tolo), Irmãs Galvão (Tente outra vez), Margareth Meneses (Mosca na sopa), Deborah Blando (A maçã) e o grupo RPM (Gîtâ). Em 1995, varias homenagens marcaram seu aniversário – faria 50 anos. Foram lançados um livro, O trem das sete, Editora Nova Sampa, e um CD, Sociedade Grã-Kavernista apresenta sessão das dez, reedição do LP de 1971. Morreu em São Paulo em L21 de Agosto de 1989.
Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira
Ouro de Tolo
Raul Seixas

Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...

Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...

Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...

Ah!Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...

Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...

Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...

Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...

Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...

É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...

E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...

Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...

Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

Ah!Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...

Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

13.8.09

Raquel Crusoé Loures de Macedo Meira



Natural de Montes Claros-Minas Gerais - Brasil - Mestre em Ciências da Educação em Música - Pós-Graduação em Educação Artística - Licenciatura em Artes - Bacharelado em Música – Piano - Vice Diretora e Coordenadora Cultural do Conservatório Estadual de Música Lorenzo





Muito se tem falado da importância do folclore no sistema educacional e o grande Mário de Andrade já dizia: “ Nada melhor do que as tradições para retemperar a saúde de nossa alma brasileira”.

Só é possível amar o que se conhece e é através do folclore, que conseguimos conduzir crianças e jovens a entender e preservar os elementos culturais da nossa terra e do nosso povo.

Mantendo os traços fundamentais da continuidade tradicional das nações, o folclore se torna elemento importante na fixação do homem à terra.

Alguns programas voltados apenas para o desenvolvimento intelectual, muitas vezes acham-se tão distantes das vivências e experiências imediatas do estudante, que tendem a gerar uma apatia ou sentimentos de que, o que se ensina na escola não tem sentido ou aplicação. É necessário direcioná-los, através de pesquisas, para o sentir, pensar, agir e reagir da comunidade.

Não existem fórmulas mágicas ou sistemas exatos para a pesquisa folclórica, o importante, é ter como ponto de partida, a vivência dos alunos e fatos do dia a dia recolhidos no seu próprio ambiente. A escolha do tema, pode ser sugerida pelo professor, como também pelo aluno, a partir dos fatos comuns do lar, da escola, da vizinhança: linguagem popular, casos contados, medicina popular, brinquedos, competições, comidas e bebidas, arte e artesanato, caça, pesca, agricultura e festas cíclicas.

Além dessas manifestações, uma infinidade de outras poderão ser propostas, se forem comuns na região. Quem mesmo na intimidade nunca usou uma gíria? Será que alguém nunca assistiu uma coroação no mês de maio? Nunca viu um presépio? As crianças não brincam e jogam? Será que alguém da sua casa, ou mesmo você, nunca fez da feira alegre e colorida um consultório? Qual a cidade que não tem a sua farmácia popular com algum conhecido raizeiro numa banca de mercado? Estas e outras interrogações, sempre terão respostas afirmativas tanto no lar quanto nas imediações, pois todas as pessoas em maior ou menor escala, são portadoras do folclore.

Depois da escolha do tema é importante que o aluno seja orientado sobre as normas de conduta ao conversar com os informantes, para criar m clima de simpatia e conquistar a confiança do entrevistado; não fazendo perguntas que induzem respostas, devendo cuidar do vocabulário, usando sempre linguagem acessível.

O pesquisador deve posicionar-se como aprendiz, deixando o informante falar até que se esgote o assunto, não interferindo no meio de uma resposta.
A observação deve ser feita sempre com muita atenção e discrição, muita fidelidade e honestidade ao fazer o registro.

É importante ressaltar que o essencial não é apenas ensinar folclore; mas utilizá-lo como fator didático, numa ou noutra disciplina; onde houver oportunidade para favorecer a compreensão, a memória e a fantasia; ou oferecer centro de interesse ou de relação referente ao que se está ensinando.

Concluindo, já que um dos grandes problemas do Brasil é o êxodo rural e a hipertrofia das cidades, a importância do folclore na educação é indiscutível, pois através do ensino funcional das artes, o indivíduo se sente mais ligado à sua terra.

Por que não transformar a nossa gente em artesãos e artistas especializados, por meio de uma orientação firme e segura? Supertições, lendas e mitos, auxiliam a manifestação do mundo interior dos alunos, os cantos locais e ritmos, elementos nacionalizantes por excelência, devem ser estimulados ao máximo, porque o sentimento de brasilidade, o conhecimento e o amor por essas raízes da terra, se não nascem no lar, precisam nascer na escola.

( Trabalho publicado no Suplemento “Cultura” do “ Minas Gerais” - agosto de 1985)

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5.8.09

MARCOS ASSUNÇÃO


A carreira de Marcos, começou a se desenhar em 1995, quando conheceu o crítico e pesquisador musical Ricardo Cravo Albim; logo se tornaram amigos e Ricardo convidou Marcos para participar de seu programa na Rádio MEC, no Rio de Janeiro. A partir daí, incentivado pelo próprio Cravo Albim, teve seu primeiro trabalho montado e produzido – o show “Clave de Luz“.

Em julho de 1997, conheceu o compositor niteroiense Sérgio Castro, que o apresentou ao também compositor e poeta Sergio Natureza, que por sua vez o convidou a participar do show “Balaio do Sampaio“, em homenagem ao cantor e compositor Sergio Sampaio, no Teatro Rival - RJ, ao lado de nomes como Luiz Melodia, Lenine, Zé Renato, Jards Macalé, Renato Piau, Zeca Baleiro, Paulinho Moska, entre outros, com produção do próprio Sérgio Natureza. Começava aí a amizade entre Assumpção e Natureza, e o poeta começou então a produzir o primeiro CD de Marcos.


Durante o ano de 1998, Marcos continuou fazendo shows alternando com as gravações do CD, época em que conheceu muita gente famosa como Jaime Alem (arranjador do CD ), Flávio Venturini , Dalto.


Assumpção teve então seu talento reconhecido e foi aclamado pela crítica como “A Nova Revelação da MPB”, ao participar ao lado de Raimundo Fagner do projeto “Novo Canto”, da Rádio JBFM do Rio de Janeiro, em novembro de 1998. O show foi Record de bilheteria. Convidados, repetiram o show em São Paulo, no SESC Ipiranga. Novamente, recorde de bilheteria em março de 1999 onde Marcos lançou seu primeiro CD. A amizade entre os dois dura até hoje. Durante todo o ano de 1999, Marcos Assumpção fez shows promovendo seu CD em vários locais do Rio e Niterói.


Em julho de 2000 montou o show “Cantar”, dirigido por Niúra Belavinha, com direção musical da amiga, cantora e compositora Lucina, no Teatro Municipal de Niterói – RJ, com lotação esgotada, com direito a Zélia Duncan na platéia. Com cenário e iluminação também por conta de Niúra, o show foi sucesso absoluto na época. Marcos continuou fazendo shows durante o restante do ano de 2000 e todo o ano de 2001.


No primeiro semestre de 2002, lançou o seu segundo CD intitulado “Velho Novo Amor”. Novamente o show de lançamento foi no Teatro Municipal de Niterói e, mais uma vez, lotação esgotada. Apresentou-se em vários programas de rádio e TV do Rio de Janeiro, divulgando seu novo trabalho e fez vários shows no Rio de Janeiro. Participou do projeto “Festa Show - Encontros Musiculturais” no Rio de Janeiro, programa “Palco Popular” na Rádio Bandeirantes AM - RJ, programa “Show do Rio”, na Rádio SAARA- RJ, programa “Som do Rio” na Rádio Centro-FM, “Programa Vip” na TV Bandeirantes - RJ, programa “Show do Mario Rodrigues” na CNT, programa “Atitude.com” na TVE, canal 36 da NET- Niterói, programa “Palco Popular” na TVC- canal 14 da NET- RIO, promovendo seu segundo CD.´


Em 2004, Assumpção lançou seu terceiro CD “BEM NATURAL” com distribuição SONY MUSIC e teve a música “Abre Coração” executada em todo País, inclusive em 8 (oito) praças de Crowley: RJ, SP, Campinas, Porto Alegre, Brasília, BH, Curitiba, Recife, e por conta disso, fez shows por todo o Brasil.


A segunda música de trabalho “Deleta” chegou também nas Crowleys do País e no fundo musical do Programa do Faustão. Finalmente a terceira música trabalhada “Talismã Sem Par”, música inédita de Jorge Vercilo também foi executada pelo Brasil, sendo muito pedida nas rádios de Recife- PE.


Em 2006, Marcos Assumpção gravou seu 4º CD, totalmente MPB e 90% autoral, onde contou com a participação de nomes renomados da MPB. Esse CD, produzido pelo contra-baixista André Neiva, conta com as participações do arranjador e pianista Paulo Calazans, dos bateristas Cláudio Infante , Carlos Bala e Williams Mello, dos violonistas Vitor Biglione, João Castilho e Rogério Meandra, do tecladista Glauton Campelo, do violoncelista Lui Coimbra, das percussões de Marco Lobo, o trompete de Jessé Sadoc, o trombone de Aldivas Ayres, sax e arranjo de metais de Zé Canuto, a cítara de André Gomes, o acordeon de Júlio Teixeira, os arranjos de cordas do maestro Tutuca Borba. André Neiva assina os arranjos de 9 faixas e Paulo Calazans de uma. A concepção e a co-produção é de Marcos Assumpção.


A faixa “Livre pra Você” foi lançada pela radio Nova Brasil FM de São Paulo em todo o Brasil, o que acarretou numa série de shows em várias cidades brasileiras, como São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Salvador.A segunda faixa de trabalho, “Casa vazia” também alcançou grande nível de aceitação nas rádios, assim como “Castiçais”. Outras faixas como “A trilha”, “Caravelas”, “Meu quintal” e “Romã” também alcançaram boa execução nas rádios.


Em 2007, Marcos continuou fazendo shows do cd Quintais e suas músicas cada vez mais executadas nas rádios do País.


Ainda em 2007 estreou como apresentador de programa de tv no quadro CIRCUITO MUSICAL , dentro do programa Circuito Aberto. Nele, Marcos entrevista , toca e canta com outros artistas , músicos, instrumentistas, poetas, produtores, num programa totalmente voltado para a musica. O programa é exibido diariamente em 3 horários pelo canal Cine Brasil TV, que vai ao ar pela NET e TVA em todo o Brasil .


Em 2008, os shows continuaram e Marcos teve algumas musicas inéditas lançadas pelas radios. Também fez a trilha sonora de um programa da TV Aparecida, em São Paulo, com transmissão para todo Brasil. Iniciou a produção de um cd com poemas da poetisa portuguesa Florbela Espanca, musicados por ele, e de um cd de inéditas.


Agora no início de 2009, lança o cd A FLOR DE FLORBELA, e a primeira música de trabalho, SE TU VIESSES VER-ME já figura nas principais rádios do País. Foram utilizados nos arranjos, instrumentos eruditos, barrocos e renascentistas como viola da gamba, oboé, fagote, harpa, baixo acústico, violinos, violas, violoncelos, clarinete, clarone, flautas, gaita, além dos violões de aço, nylon, 12 cordas, dobro, slide, banjo, bandolim, baixo elétrico, órgão hammond, bateria, vassourinha, congas, bumbo, triângulo, etc. Os arranjos, a produção e direção musical são de Marcos Assumpção e Francisco Falcon. Todas as musicas são de Marcos Assumpção sobre poemas de Florbela Espanca.


Contato para shows m.a.produartes@terra.com.br