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7.11.11

Coração artificial pode ser a solução para quem precisa de transplante

Coração artificial pode ser a solução para quem precisa de transplante



Uma cirurgia realizada recentemente no Instituto Nacional de Cardiologia (INC), no Rio de Janeiro, renova a esperança de milhares de pessoas que estão na fila à espera de um transplante cardíaco. Um paciente conseguiu recuperar as funções cardíacas naturais depois de usar um coração artificial por dois meses, aliado a cirurgias e medicações.



Um paciente do INC recebeu o implante de um coração artificial que recuperou as funções do coração nativo sem a necessidade de transplante. O procedimento se deu pelo Sistema Único de Saúde (SUS).



Colocado na parte externa do peito do paciente, o ventrículo mecânico é ligado ao coração nativo por meio de uma válvula pneumática que pressiona o ar para o bombeamento do sangue. Ambos, o nativo e o artificial, funcionam concomitantemente, ajudando-se no "trabalho" de bombear sangue para todo o corpo. Este recurso é usado desde 2005 com o propósito de ajudar a manter as funções do coração de pacientes debilitados enquanto esperam por um transplante.



De acordo com o cirurgião cardíaco Edemir Veras de Carvalho Júnior o ventrículo artificial ainda não substitui o transplante. Serve de ponte para o mesmo, visto que o paciente está com insuficiência cardíaca grave e não aguentaria esperar pelo órgão. Assim, como paliação, é implantado um ventrículo artificial na expectativa de que apareça um órgão compatível. “O que acontece às vezes é que o coração artificial permite um "descanso" do coração nativo e este, após 2 a 3 meses, tem uma pequena melhora de função. Isso, em alguns casos, já é suficiente pro paciente ter melhor perfusão tecidual e até mesmo sair da fila de transplante. Neste caso dizemos que o ventrículo artificial foi uma ponte para recuperação. Porém, nem todos os pacientes têm essa evolução. Mantém insuficiência cardíaca e suas complicações, necessitando ainda assim do transplante. Nesta situação, o coração mecânico serve para compensar um pouco mais o paciente antes de aparecer órgão compatível. Chamamos essa cena de ponte para transplante”, relata o cardiologista.



A técnica é bastante usada nos Estados Unidos, onde aproximadamente 40% dos pacientes, que esperam por um coração compatível, recorrem ao uso do coração artificial, sendo que, um pouco menos de 5% deles, acabam tendo o coração doente recuperado, não precisando mais passar pelo transplante. Aqui no Brasil, o recurso ainda é limitado, pois o custo ainda é muito alto para o SUS e também não é coberto por convênios de saúde. A expectativa é que em até dois anos, possa ser disponibilizado no país, beneficiando, assim, 20% a 30% dos pacientes que estão na fila de espera por um doador.


A cada 1 milhão de pessoas, 90 precisariam de um transplante de coração, com a cirurgia, aumenta a perspectivas de tratamento para pessoas que esperam há anos por um doador. A esperança é que, em breve, o coração artificial seja usado como tratamento definitivo para quem tem problemas cardíacos.












Márcia Rocha - Jornalista/DRT 1550

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